quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fecho de Guantánamo, para quando?



Parecia uma utopia, mas o fecho da prisão de alta segurança americana situada na base naval de Guantánamo, em Cuba, se afigurava real aquando das promessas do então candidato à Presidência da terra do Uncle Sam: Barack Obama.
O candidato prometeu, os estado-unidenses votaram, e ele venceu. No entanto, as várias vidas encarceradas sob condições desumanas, culpadas ou não, continuaram a definhar, e a utopia voltou a tornar-se uma constante.
No passado 20 de Maio, o Senado norte-americano chumbou o pedido feito pela Casa Branca, 80 milhões de dólares (58 milhões de euros ) que Obama pediu para pagar as operações de encerramento da prisão. Apesar da polémica interna e das dificuldades em obter o dinheiro, Obama reafirmou a promessa do fecho até Janeiro de 2010.
Para além disto, ordenou o encerramento dos centros de detenção que a CIA mantém actualmente no estrangeiro para os suspeitos de terrorismo.
Herdada pelos E.U.A, no fim da guerra com os espanhóis em 1988, a base naval de Guantánamo é tida por muitos como punição por uma vida criminosa, ou, talvez, como um encarceramento sem explicação. Para a maioria dos reclusos é um inferno de torturas. Para certa Miss Universo é um local “relaxante, calmo e lindo, uma experiência inesquecível”. É, ainda considerada, para alguns como prova válida que se faz justiça. Bush encarou-a como uma "arma com grades para condenar a ameaça terrorista", e para Obama significa mais um capítulo que terá de acabar no livro da administração Bush. Porém, para a grande pluralidade de pessoas é um modelo contra a democracia e os direitos humanos.
De modo a que este episódio da história universal não seja esquecido, o National Geographic Chanel "envergou” o uniforme laranja - mecânica, e mostrou, num documentário, intitulado Bastidores: Guantánamo, tanto como funciona a prisão, como detalhes da vida quotidiana de presos e guardas. Tudo sob a atenta vigilância deste lugar, que quebra dia após dia com tudo o estabelecido na Convenção de Genebra sobre as leis de protecção de prisioneiros.

(Para saber mais sobre o documentário: http://issuu.com/fabius_46/docs/mundocontemporaneo_ed3 - pag. 10-11)


Espero que a humanidade não se esqueça deste hediondo exemplo de "se fazer justiça", e que não adopte uma posição similar à de certos islamitas fundamentalistas que querem apagar o genocídio de judeus, na Segunda Guerra Mundial, da história. Também, anseio que o fecho de Guantánamo não se torne uma manobra de distracção para a sociedade, com o objectivo de esconder outras prisões do conhecimento do mundo (como o recente caso, noticiado pela SIC, da secreta prisão israelita).
Mas, sem qualquer dúvida, o fecho da prisão de Guantánamo torna-se essencial e imediato. Aspiro que estes sejam os últimos latidos de vida duma das prisões mais conhecida por suas formas de implementar justiça e pelos nomes, os rostos e as lágrimas daqueles que deixaram nos seus barrotes grande parte das suas vidas como culpados da "guerra do terror" e mártires do outro lado da justiça. Só estes conhecem a verdade dos seus delitos.
Por isso Obama só me resta dizer-te: rápido que já se faz tarde!

Grethel Ceballos , nº 34034

2 comentários:

  1. Los Mccann padres de la niña Madeleine desaparecida en portugal se hacen responsable de su desaparición por remordimiento de conciencia…..
    Los medios quieren librarse de su publicación por que quieren dejar el caso muerto …….

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  2. "rápido que já se faz tarde!" eu diria rápido que já é mt tarde, mas mais vela tarde que nunca

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