terça-feira, 28 de abril de 2009

‘Carta ao português’

Dissimular, Dominar e Desprezar. São estes os três D’s que há 35 anos servem de inspiração às classes políticas que se digladiam num “vale-tudo” na busca desesperada pelos cargos proeminentes do nosso ainda mancebo sistema democrático.
Em vésperas de eleições (e este ano vão ser três), o eleitor português deve comparecer, urgentemente, aos hospitais ou centros de saúde mais próximos para se vacinar contra o mais perigoso problema endémico da nossa sociedade – a demagogia propagandista – para que o seu sistema imunitário esteja preparado para reagir eficazmente à mais retumbante tentativa de “lavagem cerebral”, também conhecida entre os botões de São Bento como “instrumentalização cívica”.
Originais ou não, os estratagemas políticos continuam a dissimular o português que na hora do juízo final se vê enleado num sudoku de rectângulos. Depois de os mesmos – ou outros muito semelhantes – (re) ocuparem os seus tão disputados “tachos”, reinicia-se mais uma etapa de um sistema que há 35 anos foi revitalizado em Portugal e que, não fazendo parte da Constituição, está à vista de todos – a Cleptocracia.

David Marques nº34032

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O que fariam se acontecesse convosco?

Quero partilhar convosco uma curiosidade que me deixou um bocado intrigada.
Se é verdade ou não, se é possível ou não, não faço a mínima ideia, mas o que é um facto é que este episódio não deixa de ser estranho, muito estranho e um tanto assustador.
Há uns dias atrás estava a viajar por este mundo tão vasto que é a internet e cheguei ao site da TVI 24. Resolvi ficar por lá e explorar a página deste novo canal.
O site está bem estruturado mas, não é nada original. Digo isto porque está igualzinho ao Portugal Diário, apenas mudam umas cores e uns pormenores e o grafismo é em muito semelhante ao da Sky News.
Na minha aventura a desbravar caminho nesta pequena “cidade” de um mundo tão vasto (internet) achei piada, talvez pelo nome, a um botão que existe que é “Acredite se quiser”. Mas, o que me deixou um bocado incrédula foi uma notícia que tinha como titulo: “Homem tinha uma árvore a crescer no pulmão”. Possível?! Não sei.
Um homem de 28 anos de idade estava na mesa de operações para que lhe fosse retirado, segundo o diagnóstico médico, um tumor alojado nos pulmões. Qual não foi o espanto da equipa de cirurgiões russos quando, ao abrir o paciente, se deparou não com um tumor mas sim com uma planta com cerca de 5 centímetros que crescia no pulmão.
O doente queixava-se de dores no peito e de tossir sangue. Perante tal realidade, os médicos acreditam que o sangue expelido durante a tosse provinha de lesões feitas pelas agulhas das folhas da árvore que tinha crescia no pulmão deste jovem.
“ «Quando me disseram que tinham encontrado uma árvore no meu pulmão, achei que estava a delirar», conta o doente.”
A equipa médica que acompanhou o doente crê que este tenha inalado uma semente de uma árvore conífera vulgar no Norte da América, Europa e Ásia de nome abeto que depois começou a crescer no pulmão.
Será isto possível?
As plantas para crescerem necessitam de minerais presentes no solo e precisam de realizar fotossíntese. Precisam de um ecossistema adequado.
Será que este homem tem um ecossistema dentro do organismo?!
Bem, se isto é realmente verídico, e uma vez que estamos em plena Primavera, é melhor termos cuidado com o pólen que anda no ar! Talvez seja melhor andarmos com umas máscaras, não vá crescer uma árvore dentro de nós!
É certo que todos temos o direito e o dever de gerar frutos, mas não do tipo comestível!

Catarina Andrêz nº34027

Fonte: www.tvi24.iol.pt

sábado, 18 de abril de 2009

O.M.G !


She Sings !!

Susan Boyle: voz revelação do Britain's got talent

Se ainda não a conheces, está na hora de faze-lo, pois pode não parecer, mas esta senhora tem uma enorme dádiva.

Como todos os dias abri a minha caixa de e-mail. A minha amiga “Dani” sugeriu-me ver este filme no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=9lp0IWv8QZY
Primeiro pensei que fosse daquelas “cenas” que o pessoal envia, mas que não tem assim muita piada, mas tive uma grande surpresa. Não chorei como a Demi Moore, mas fiquei com pele de galinha ao ouvir Susan Boyle cantar "I dreamed a dream"( do musical Os miseráveis).
Ela apresentou-se no reality show "Britain's got talent", e embeveceu o público e o júri com o seu talento. À primeira vista ninguém acreditou quando a escocesa, de 47 anos, afirmou que aspirava ser uma cantora profissional. A não muito bem apanhada senhora, foi alvo da desconfiança e uma certa troça por parte do auditório.
Simon Cowell (júri e criador do programa), conhecido pelas suas ásperas e, por vezes, controversas críticas sobre os competidores, teve de reconhecer a aptidão vocal de Susan Boyle. O mesmo prevê que um disco da concorrente alcance o topo da lista dos mais vendidos nos Estados Unidos (país onde tem despertado um notável interesse).
Já cantou ao vivo para o Good morning America (programa detentor de uma audiência de 5 milhões de pessoas). Oprah Winfrey convidou a cantora para o seu programa. Susan cantou e deu uma entrevista no Today show, da NBC. Até o actor Ashton Kutcher postou no twitter um link do vídeo de Susan que dizia: Isto fez-me ganhar a noite.

A verdade é que ela se tornou um fenómeno internacional. Cerca de 18 milhões de pessoas já viram a performance de Susan no YouTube. O seu clube de fãs superou, em muito, os espectadores que a viram no reality.
Em Portugal temo-la visto, durante esta semana, em diversos telejornais no âmbito da comemoração do dia mundial da voz (16 de Abril).
Mas o caso de Susan fez-me reflectir sobre a discriminação que muitas pessoas sofrem, quer nomeio artístico, no nosso caso, na área da comunicação (talvez mais incidente no meio o televisivo) e mesmo no dia-a-dia. Pessoas que podem ser igual ou até mais preparadas do que outros que desempenham funções sem formação, vocação e/ou sem qualquer profissionalismo.
Também é verdade que a nossa imagem é o nosso cartão-de-visita. Mas será que esta é tão vital? Melhor, será que a nossa sociedade lhe atribui a devida importância?
Mas , relativamente a Susan Boyle, é caso para se dizer: Don't judge the Book by its Cover.

Grethel Ceballos nº 34034

A Evolução..

Actualmente, entramos numa nova era. A era da WEB 2.0.
Esta foi criada pela empresa O'Reilly Media em 2004 e refere-se a uma segunda geração de serviços na Internet com realce na colaboração e partilha de informação.
A Web 2.0, é uma versão mais humanista da Internet. Uma Internet feita por pessoas para as pessoas, é a evolução de toda uma rede para uma enorme plataforma que opera, comunica e partilha conteúdos e serviços.
Algumas das aplicações Web 2.0 permitem a personalização do conteúdo mostrado para cada utilizador, sob a forma de página pessoal, permitindo uma filtragem de informação que cada um considera relevante. A relevância de conteúdo é então analisada e ganha destaque quando se torna popular.
Este conceito da personalização torna-se também relevante quando o conteúdo deixa de se apresentar como apenas texto e passa a estar disponível em imagens, animações flash ou vídeos.
Dentro dos princípios da Web 2.0 o conteúdo deve ser aberto, utilizando licenças que flexibilizam os direitos de autor permitindo que cada utilizador reutilize o conteúdo. A partilha de informações foi essencial para a explosão dos sistemas de conteúdos em forma de blogs. A colaboração também permite criação de conteúdo mais preciso e actualizado como no caso do Wikipedia. Esta permite que qualquer um crie ou edite uma entrada numa enciclopédia em constante actualização. O Digg valoriza as sugestões de páginas que têm mais votos, enquanto o Del.icio.us utiliza um sistema semelhante mas com os favoritos ("bookmarks") de milhões de pessoas.

Além do conteúdo editorial e noticioso, na web 2.0 o conteúdo de alguns sites visa gerar comunidades, seja através de sites de relacionamento, comentários em notícias ou blogues.
A WEB 2.0 tem uma forte componente Social e é usada na descrição e interacção dos utilizadores. A forma mais comum de socializar é usada para quebrar distâncias físicas através de conferências por webcam ou na partilha de imagens e fotos. A estes elementos é também comum atribuir uma geo-referenciação de forma a localizar uma área, morada ou monumento.

A utilização web como forma de comunicação tem vindo a aumentar e a criação de redes sociais permite que as pessoas se relacionem no mundo virtual ou até mesmo encontrar amizades perdidas. O conceito do social assenta na criação de perfis que identifiquem o indivíduo e a sua localização, analisem a sua reputação e o que os outros sentem por ele, redes de confiança e amizade, grupos de interesse e conversas sobre tópicos comuns e essencialmente a partilha de conteúdos com os outros utilizadores.
Tudo se vende e tudo se compra na web logo uma pessoa com um computador ligado à Internet é um potencial consumidor.
Desde a sua criação a web nunca parou de evoluir, apenas em determinada altura deu um salto significativo e com modelos de negócio muito mais realistas.

Carla Martins nº 35416

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O Fenómeno da sétima arte


Charlie Chaplin (16 de Abril 1889 – 25 Dezembro 1977)

Penso que se fosse possível ressuscitar algumas das personalidades mais marcantes da história mundial, sem dúvida que da sétima arte, o escolhido seria Charles Spencer Chaplin.
Este verdadeiro génio inglês, nascido em Londres, foi o actor mais famoso dos primeiros tempos do cinema de Hollywood, e posteriormente um brilhante realizador.

O seu papel principal, mais recordado e adorado por todos foi o “The Tramp” (O vagabundo). A sua caracterização era a de um homem apalhaçado. Visivelmente pobre, deambulava nas ruas com um fraque preto esgarçado, calças velhas, sapatos desgastados mais largos que o seu pé, uma bengala de bambu e a sua marca pessoal, o bigode.

Sempre fui fã desse seu personagem, e ainda fiquei mais quando ao ler um pouco da sua biografia, soube que a sua criação se baseia num auto-retrato da sua infância, pobre e problemática, marcada pela ausência do pai verdadeiro que nunca conheceu, pela mãe que passou parte da sua existência em centros psiquiátricos e pelo padrasto alcoólico que abandonou a sua mãe quando ele ainda era criança. Este relato explica o facto de Chaplin e o seu irmão terem crescido como órfãos numa instituição de acolhimento de crianças.

Ao invés do que acontecia naquele tempo, hoje em dia há bastante mais facilidade em fazer cinema, as condições são mais vantajosas, muito por força da evolução tecnológica, que foi exponencial. Este facto deu um enorme valor à qualidade do cinema de Charles Chaplin. Eram – e ainda o são - comédias inspiradoras e com personagens criativas, magicadas na sua mente brilhante.

Em todos os filmes de “Charlot”, como também ficou conhecido, há a preocupação de criticar a sociedade, de alertar os espectadores para determinado facto, ou de levá-los a tomar uma determinada posição. Todas estas questões, muitas delas sérias estavam dissimuladas num humor sublime, facto que permite entender todo o génio de Charles Chaplin.

Alguns dos seus melhores filmes possuem essas características. “Tempos Modernos” que satirizava a mecanização da modernidade, e o polémico ‘’O Grande Ditador’’, em que demonstra a sua posição em relação à política de Hitler e se mostra contra as perseguições raciais na Europa, são exemplos de películas com uma feroz crítica social.

Charles Chaplin é um exemplo de um actor com vocação, numa altura em que o cinema não era uma indústria como nos dias que correm. Hoje, os actores são meros operários programados de um sistema concertado – por vezes corrompido - de produção de filmes. Charles Chaplin contribuiu para isso ao fazer do cinema uma forma de arte de massas mas, certamente, que os actuais “Tempos Modernos” da sétima arte, não deixariam satisfeito um homem que transpirava genialidade.
Acho que se pode afirmar que Chaplin foi uma das personalidades mais criativas da história do Cinema... que actuou, dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente financiou os seus próprios filmes.
Se Sinatra foi A Voz na música, Chaplin foi A Personagem no cinema.

Fábio Moreira nº 34033

terça-feira, 14 de abril de 2009

O final dos tempos!



No mundo de hoje, vivemos submersos de poluição.
No ar, com as contaminações das águas, químicos, alterações climáticas e estes tipos de poluição são os maiores responsáveis por 30% das mortes no mundo, e pior ainda quase 50% dessas mortes são crianças.

No início do sec. XXI os cientistas Europeus alertaram que a utilização de químicos em processos industriais e agrícolas afectam os sistemas reprodutivos das crianças, e como é lógico, afectam principalmente os países em desenvolvimento.

Segundo estudos recentes da Organização Mundial de Saúde, 1,5 milhões de crianças morrem vítimas de diarreias provocadas pelas contaminações dos rios e 2,5 milhões não alcançam os cinco anos devido a infecções respiratórias.

A má nutrição e a diarreia são as principais causas de mortalidade infantil nos países em desenvolvimento,devidas às contaminações e má qualidade da água.

Poluição atmosférica vitimiza três milhões de pessoas por ano e quase
90 por cento, em países em desenvolvimento.
Na Europa, um estudo realizado no Reino Unido, alertava que a poluição automóvel pode aumentar a asma nas crianças. E na Rússia morrem cerca de 250 mil crianças devido à poluição.

A poluição não é só isto, no entanto, estes dados são dramáticos, e só sugerem um desenvolvimento contraditório aos princípios básicos da vida, “viver com a mínima qualidade de vida”.

Estes números aparecem na televisão todos os dias e todos os dias não fazemos nada. Penso que a indiferença a estes graves problemas é o pior problema da luta contra a poluição. Nós somos o problema principal bem como os números finais desta triste realidade...

Quando iremos mudar??? Para mim daqui a 10000 estaremos de volta às selvas a tentar aprender a fazer fogo e a iniciar uma nova Era… Os novos Neolíticos.

Pedro Carrega.

Entre a Ditadura e a Democracia

Liberdade de Expressão? Censura?
Será que é necessário humilhação para desenvolver o país? Será que democracia é sinónimo de crise?

Censura, culto da família, culto do chefe, medo, revolta, desconfiança, busca pela autarcia, nacionalismo económico, intervencionismo económico do Estado, são estas características que caracterizam a nível social e económico o Regime de António Oliveira Salazar.
Igualdade de todos os cidadãos perante a lei, liberdade de expressão, reunião e de imprensa, liberdade sindical e direito à greve, direito à educação, à segurança social e protecção à saúde, política económica tornou-se ambígua e indefinida, dependência face ao exterior é assim caracterizada a Democracia que foi instalada a 25 de Abril de 1974.
Dois regimes duas realidades, dois regimes um país, mas a verdade é que nenhum deles conseguiu fazer de Portugal um país equilibrado: num a população não era “gente”, não tinha direitos; noutro a economia tornou-se no pior pesadelo do país, o beco sem saída a que chegou é deveras preocupante e maléfico para a população.
E afinal qual é a solução? Qual é a saída?
Criticámos o regime salazarista por não respeitar o povo, criticamos a democracia pela crise em que nos encontramos. Será que nunca estamos satisfeitos? Ou não sabemos misturar os ingredientes necessários para fazer um bom bolo? Talvez tenhamos que pegar aqui, acrescentar ali…
A solução não será apostar cegamente num regime ou noutro, será sim pegar nos aspectos positivos de cada um e a partir dai definir as linhas do novo modelo a seguir. Do Estado Novo podemos retirar as decisões e acções respectivas à economia, para que deste modo nos tornemos independentes, nos desenvolvamos internamente e aproveitemos aquilo que a terra nos dá e que conquistámos ao longo deste tempo! Há que acordar para a vida! Qual é a necessidade de ir buscar produtos agrícolas ao vizinho do lado se temos como e onde produzi-los? Só porque é mais fácil? Só para parecermos poderosos? Mais vale parecermos menos poderosos e desenvolvermo-nos do que ser grande por fora e estar cheio de dividas por dentro! E quem é que fica perder? Só nós! Da democracia retiramos as medidas direccionadas para a população - todos têm direito a ser alguém! Ninguém está acima de ninguém, ninguém pode proibir alguém de falar, pensar… não nos podemos ficar por uma posição de submissão, se temos direitos temos que lutar por eles, bem como defende-los…
Não queremos um governo que nos oprima, que nos reprima, mas também não podemos querer um regime que nos deixe cair, que nos conduza à crise.

Joana Gonçalves, nº 34037

terça-feira, 7 de abril de 2009

Todos os caminhos vão dar a Roma, mas como é que se chega aos Complexos Pedagógicos?

A construção da nova Biblioteca do Campus da Penha levou à destruição da rampa que dava acesso aos Complexos Pedagógicos da Penha, impossibilitando a Filipa de chegar aos anfiteatros onde tem aulas.
Filipa Ferreira é apenas mais uma caloira de Engenharia Civil, mas destaca-se dos outros colegas por ter Osteogénese Imperfeita, vulgarmente conhecida como a doença dos Ossos de Cristal. Tal condição obriga-a a deslocar-se numa cadeira de rodas e a enfrentar diariamente os obstáculos a nível de acessibilidade que existem na Universidade do Algarve.
O mais recente episódio deveu-se à construção da rampa que dará acesso à nova Biblioteca do Campus.
A construção da nova rampa levou à destruição da rampa antiga de acesso ao Complexo Pedagógico. Agora, para se deslocar até aos anfiteatros onde tem algumas aulas, a Filipa tem que fazer um percurso alternativo, tendo de entrar pelo fundo dos complexos, pela garagem, que não tem rede nem luz e subir no elevador da ala das salas de aula até ao 1º piso. Depois tem de passar a ponte e descer no elevador da ala dos anfiteatros até ao piso 0 onde tem aulas. Um caminho alternativo que lhe rouba aproximadamente 10 minutos, não contando com o atraso sistemático dos funcionários que não abriam, atempadamente, a porta que ligava a garagem à ala das salas de aula dos Complexos.
Foi devido a esse atraso dos funcionários, que alegavam estar a ler e-mails, que a mesma e a mãe escreveram para a Reitoria. A resposta à carta chegou dia 16 de Março. A Reitoria lamentou o sucedido e garantiu que a partir de então a porta estaria aberta. Assegurou que a construção da rampa seria apressada, mas não adiantou datas.
Apesar da boa vontade demonstrada pela Reitoria, a Universidade do Algarve apresenta graves falhas a nível da acessibilidade. No Campus da Penha, apesar das rampas colocadas à entrada das Escolas Superiores, as portas quase nunca abertas na totalidade são um dos maiores obstáculos para todos os que frequentam o Campus e têm mobilidade reduzida.
O acesso aos Serviços Académicos é feito por escadas ou uma rampa íngreme, a calçada irregular, os elevadores avariados, quando existem e os passeios não esbatidos são algumas das falhas existentes. Na ESGHT, por exemplo, só se tem acesso a uma ala do piso superior e através de um elevador de cargas. No Campus de Gambelas também existem falhas semelhantes.
Falhas que diariamente passam despercebidas à maioria das pessoas, mas que simbolizam grandes obstáculos a todos os alunos e professores com limitações de mobilidade.
Alerto, assim, não apenas para a rampa dos Complexos Pedagógicos do Campus da Penha, mas para a construção de rampas que permitam a união do caminho do conhecimento ao caminho da igualdade de direitos!
Sofia Trindade, nº35415

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vender a vida tão perto da morte

Ano de 2009, século XXI, jornalismo ou literatura?

Nos primórdios do século XIX e com a ascensão meteórica da imprensa e o consequente desenvolvimento do jornalismo, foram muitos os que sentiram necessidade de identificar a profissão com determinados valores, entre eles: a verdade, a independência, a objectividade e a noção de serviço público.
Actualmente, volvidos dois séculos de inovação e informação constantes, levamo-nos a perguntar se os media que cresceram sob a euforia do período dourado das comunicações são hoje os mesmos media que lutam por um jornalismo digno e capaz de servir os seus próprios princípios.
Não somos detentores da resposta, mas podemos tentar encontrá-la na realidade, nessa esfera de cristal que reflecte de forma inigualável aquilo que somos e o que fazemos no mundo.
Vejamos então.
Ano de 2009, século XXI, Inglaterra. Jade Goddy é o nome da protagonista de um dos casos mais insólitos que passaram pelos media nos últimos anos.
Com apenas 27 anos esta jovem britânica deu-se a conhecer ao mundo aquando da sua participação no programa televisivo Big Brother, no ano de 2002, marcando desde cedo a diferença pela sua conduta irreverente.
Sete anos depois, a jovem britânica regressa ao palco dos media com o anúncio surpreendente e não menos dramático da sua doença. Dada pelos especialistas como doente terminal, vítima de cancro no colo do útero, a jovem de 27 anos, decidiu vender o exclusivo dos seus últimos meses de vida à televisão britânica Living TV, que desde então transmite todos os passos do seu tratamento médico e hospitalar, bem como grande parte da vida pessoal da jovem britânica.
Um milhão de euros é o preço da morte de Jade Goody, o preço que a Living TV pagou em busca de audiências e drama, em busca de um reality show que excede todas as barreiras do anteriormente visto.
São estes os media que buscam a noção de serviço público, que procuram dignificar o carácter sério e humano da sua profissão? Ou apenas os media que agem como animais em busca de “carne fresca”? Em busca de alimento para as mentes famintas de drama e tragédia?
O bom senso ditaria que se trata de uma vida humana, e que, a morte, dolorosa e cruel, jamais deveria ser explorada sob o olhar do mundo. No entanto, os valores subverteram-se, e aos media que compram a vida e a morte, os cidadãos retribuem o sorriso de quem se regozija por ainda não ser a sua vez, por poder olhar de perto as histórias com as quais muitas vezes apenas puderam contactar através da literatura.

Isa Mestre

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Papa Inflexível

Durante a primeira visita pastoral do seu pontificado a África, Bento XVI disse que a solução para a erradicação da SIDA “não se pode resolver com a distribuição de preservativos”. Para o Papa, a única forma de combater a epidemia é a abstinência de sexo, pois este não deve ser praticado apenas pelo prazer, mas para gerar frutos do amor entre os companheiros.
Igual a si próprio e fiel à doutrina que o Vaticano tem perpetuado ao longo dos séculos – leia-se, rígidas normas pré-históricas e anti-progressistas – o Sumo Pontífice voltou a fazer questão de estar no centro do Mundo, não por estar nos Camarões, mas pelas polémicas declarações que, uma vez mais, fez questão de emitir.
Tais declarações não poderiam ter sido mais inoportunas, dado que o país é um dos mais atingidos pelo flagelo – a taxa de afectados é superior a 5%, correspondente a mais de 900 mil habitantes.
Ratzinger, cuja visita ao continente africano culminou em Angola, apelou ao fim das guerras civis, da corrupção e da escravidão, aproveitando também para reiterar a sua posição inflexível contra o aborto.
De facto, no caso do aborto gera-se um contra-senso. Admitirá – o Vaticano – que uma criança de doze anos gere um filho do seu próprio pai, mesmo repudiando a existência de relações incestuosas?
Qualquer sacerdote, tal como qualquer outro cidadão provido de espírito crítico, deve ter o direito de falar sobre as realidades sociais inerentes ao mundo, contudo, deve igualmente abster-se de se pronunciar sobre realidades que somente os seus princípios cáusticos põem em causa, sem qualquer justificação plausível. Assim se perdem fiéis…

David Marques

"SlowFood" – Saúde ou Utopia?

O tema foi mostrado ao mundo através do programa televisivo da CBS “60 minutos”, apesar de ter sido fundado em 1989, como resposta aos efeitos padronizantes do fast food, ao ritmo frenético da vida actual, ao desaparecimento das tradições culinárias regionais, ao crescente desinteresse das pessoas na sua alimentação, na procedência e sabor dos alimentos e em como nossa escolha alimentar pode afectar o mundo.
Os mais de 100.000 membros desta organização defendem, grosso modo, a criação de uma educação universal (através de programas escolares) que recorra apenas à utilização de géneros alimentícios frescos e regionais sem recorrer quer aos produtos congelados quer a produtos químicos.
Perante estes argumentos tudo aponta para o sucesso desta receita, no entanto, se tirarmos a cortina cor-de-rosa e analisarmos a crise económica mundial, o ritmo profissional de uma família no contexto ocidental e os constantes "apertos de cinto" que nos vemos obrigados a cumprir, podemos nós achar-nos no direito de impor este tipo de política alimentar a famílias para quem cinco euros no final do mês fazem tanta falta?
Comer bem e de forma saudável não será um luxo de que nem todos podem dispor?

Pedro Ruas e Daniel Pereira

Pensem nisto malta, e toca a comentar!!

Sejam Bem-vindos

Olá a todos!
Hoje damos início ao nosso blog que esperamos servir de ponto de partida à troca de impressões e a um espaço de fórum de ideias que nos interessam e que, no âmbito da cadeira de Informática e tecnologias da Comunicação II, nos ajudem a conferenciar num espaço criativo, dinâmico, útil e divertido. É nosso objectivo que todos os colegas possam comentar os artigos disponibilizados e também criar artigos de interesse.