terça-feira, 14 de abril de 2009

Entre a Ditadura e a Democracia

Liberdade de Expressão? Censura?
Será que é necessário humilhação para desenvolver o país? Será que democracia é sinónimo de crise?

Censura, culto da família, culto do chefe, medo, revolta, desconfiança, busca pela autarcia, nacionalismo económico, intervencionismo económico do Estado, são estas características que caracterizam a nível social e económico o Regime de António Oliveira Salazar.
Igualdade de todos os cidadãos perante a lei, liberdade de expressão, reunião e de imprensa, liberdade sindical e direito à greve, direito à educação, à segurança social e protecção à saúde, política económica tornou-se ambígua e indefinida, dependência face ao exterior é assim caracterizada a Democracia que foi instalada a 25 de Abril de 1974.
Dois regimes duas realidades, dois regimes um país, mas a verdade é que nenhum deles conseguiu fazer de Portugal um país equilibrado: num a população não era “gente”, não tinha direitos; noutro a economia tornou-se no pior pesadelo do país, o beco sem saída a que chegou é deveras preocupante e maléfico para a população.
E afinal qual é a solução? Qual é a saída?
Criticámos o regime salazarista por não respeitar o povo, criticamos a democracia pela crise em que nos encontramos. Será que nunca estamos satisfeitos? Ou não sabemos misturar os ingredientes necessários para fazer um bom bolo? Talvez tenhamos que pegar aqui, acrescentar ali…
A solução não será apostar cegamente num regime ou noutro, será sim pegar nos aspectos positivos de cada um e a partir dai definir as linhas do novo modelo a seguir. Do Estado Novo podemos retirar as decisões e acções respectivas à economia, para que deste modo nos tornemos independentes, nos desenvolvamos internamente e aproveitemos aquilo que a terra nos dá e que conquistámos ao longo deste tempo! Há que acordar para a vida! Qual é a necessidade de ir buscar produtos agrícolas ao vizinho do lado se temos como e onde produzi-los? Só porque é mais fácil? Só para parecermos poderosos? Mais vale parecermos menos poderosos e desenvolvermo-nos do que ser grande por fora e estar cheio de dividas por dentro! E quem é que fica perder? Só nós! Da democracia retiramos as medidas direccionadas para a população - todos têm direito a ser alguém! Ninguém está acima de ninguém, ninguém pode proibir alguém de falar, pensar… não nos podemos ficar por uma posição de submissão, se temos direitos temos que lutar por eles, bem como defende-los…
Não queremos um governo que nos oprima, que nos reprima, mas também não podemos querer um regime que nos deixe cair, que nos conduza à crise.

Joana Gonçalves, nº 34037

7 comentários:

  1. Satisfeitos só ficaremos quando esses alegados defensores dos interesses nacionais deixarem de ter livre trânsito para fazer tudo com o dinheiro alheio.
    Ao fim de 4 anos - ou oito em alguns dos casos - de uma completa e podre impunidade vão para as Maldivas gozar reformas antecipadas a rirem-se do Zé Povinho que nem sabe se no mesmo dia à noite terá dinheiro para o jantar.
    Revoltado com o estado de sítio em que anda esta república das bananas (sem aspas): David Marques

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  2. Verdade seja dita, grande parte da população do tempo do Estado Novo passava um mau bocado, independentemente de algum "sucesso" económico que esse governo supostamente tenha tido. Portugal era um país do 3º mundo; actualmente não o é. No entanto, sim, pode-se dizer que a "revolução", que tanto aprendemos a adorar na escola e comunicação social, foi mal aproveitada. Podiam ter feito muito mais...

    O que qualquer país democrático precisa é de uma população informada e politicamente activa, o que não acontece por cá. Daí acontecer como diz o David: rirem-se do Zé (sou eu e és tu) que nem percebe o que se está a passar.

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  3. Será esta nossa realidade, em alguns aspectos, tão distante daquela que se descreve acima?

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  4. se, se..

    será que a próxima revolução vai ser feita pela geração 500€? A nossa?
    Como sugeriu o prof de economia na sala de aula..
    não podemos adivinhar, mas podemos lutar, podemos e devemos fazê-lo, agora e quantas vezes forem necessárias, quantas vezes estivermos desiludidos com o nosso governo e com a nossa sociedade comodista

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  5. Não me parece q existam muitos pontos benéficos num regime totalitário e ditatorial, q oprime a população, e só uma camada social se banqueteia...Plo que sei Portugal antes do 25 de Abril era realmemte do 3º mundo.

    A transição entre um regime desse tipo para um democrático é dificil. Mas já lá vão 35 anos...

    Acho q o português tem muito de reclamar e indagar,mas por a mão na massa nada (atençao n estou a ser preoconceituosa, até pq ja absorvi um pouco desse espírito). Acho q Portugal teve tudo, e tem, para se desenvolver. Mas com gente corrupta no governo e sem uma população, como diz o Martin "informada e politicamente activa", n sei não. O país teve muitas ajudas, não soube foi aproveita-las.

    E o cúmulo, nem axo q seja crise (q é praticamente geral), é o país ser governano por um 1º ministro envolvido num processo criminal! É vergonhoso =S

    (Sofie eu ja nem falava na geração 500€, mas sim em 450€ lol)

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  6. isso sofia..

    bora lá fazer a .... da revolução!

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