quinta-feira, 2 de abril de 2009

"SlowFood" – Saúde ou Utopia?

O tema foi mostrado ao mundo através do programa televisivo da CBS “60 minutos”, apesar de ter sido fundado em 1989, como resposta aos efeitos padronizantes do fast food, ao ritmo frenético da vida actual, ao desaparecimento das tradições culinárias regionais, ao crescente desinteresse das pessoas na sua alimentação, na procedência e sabor dos alimentos e em como nossa escolha alimentar pode afectar o mundo.
Os mais de 100.000 membros desta organização defendem, grosso modo, a criação de uma educação universal (através de programas escolares) que recorra apenas à utilização de géneros alimentícios frescos e regionais sem recorrer quer aos produtos congelados quer a produtos químicos.
Perante estes argumentos tudo aponta para o sucesso desta receita, no entanto, se tirarmos a cortina cor-de-rosa e analisarmos a crise económica mundial, o ritmo profissional de uma família no contexto ocidental e os constantes "apertos de cinto" que nos vemos obrigados a cumprir, podemos nós achar-nos no direito de impor este tipo de política alimentar a famílias para quem cinco euros no final do mês fazem tanta falta?
Comer bem e de forma saudável não será um luxo de que nem todos podem dispor?

Pedro Ruas e Daniel Pereira

Pensem nisto malta, e toca a comentar!!

7 comentários:

  1. Comer bem, a meu ver, não implica um gasto acrescido de dinheiro.
    Muitas das vezes os "menus" de fraco valor nutricional, elevado valor calórico e de relativo alto preço são os mais populares.
    Quantas das vezes na maioria das mesas dos refeitórios de grandes centros comerciais vence o fast food?
    Diria que “neste ponto da crise” a gula, ou o simples prazer de comer (nem sempre o mais correcto) ainda se sobrepõe ao preço. Apesar das campanhas de poupança das grandes cadeias de fast food, a oferta é cara e má quando comparada a uma refeição completa confeccionada em casa.

    Sofia Trindade

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  2. Utopia é acreditarmos que teremos uma vida longa a consumir fast food.
    Afinal, tanta pressa, tanta correria, para quê? Para morrermos vinte anos antes com vinte quilos a mais? :))

    É um luxo comer saladas, sopas e fruta em vez de ir ao Mac Donald's? Não me parece: as alfaces estão ao preço da chuva e as laranjas algarvias, meus amigos, estão mesmo a pedir para as espremermos, ehehe.

    Post muito interessante!

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  3. David Marques
    Pessoalmente, prefiro dar cinco euros e comer plástico do que dar 10 ou 15 e comer bem. Não estamos em tempos de vacas gordas e as vezes em que como fast food são escassas, por isso não tenho tonturas, vómitos ou diarreias causadas pelos aditivos injectados nos alimentos.
    Para além disso, comer saudável nem sempre está associado a comer bem, até porque uma salada pode ser muito saudável, mas se a pessoa não come mais nada, é capaz de morrer 20 anos antes e com 20 quilos a menos:p
    A melhor estratégia é instruir as pessoas e preveni-las contra o consumo excessivo de certos alimentos.
    Uma linguiça assada com um pão e uma cerveja nunca fez mal a ninguém - moderadamente - e talvez saia mais barato do que comer alfaces com tomates e ovos cozidos e ter de os lavar com amukina.
    David Marques

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  4. A ideia até poderia ser interessante e dar frutos a curto prazo, não fosse o problema que os humanos, diferentemente das máquinas, ainda gozam de livre arbítrio e nem sempre encaram de bom grado a ideia de mudar os seus comportamentos alimentares e sentir que se "lhes impõe" uma dieta supostamente "rica e saudável". Todas as grandes ideias têm o seu senão...

    Isa Mestre

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  5. Bom tema de lançamento!!!

    Sem dúvida alguma que cada vez mais, entre outros aspectos, somos o que comemos.

    Não gostva de encarar a alimentação saudável como uma Utopoia. Uma das apostas será um programa de educação transverssal a toda a sociedade, como mostra o texto.

    Mas de facto, são inúmeros os entraves para que isto tudo se torne realidade:

    1- O proprio quotidiano vertiginoso convida a um bom Big Mac, saboroso e barato lol. Porque está mais que comprovado que a dita zona saudavel dos Centros Comerciais é mais cara. Claro se tivermos uma boa quantia no bolço não notamos a diferença, o q é q são uns euritos a mais? Mas olhem que para mim fazem toda a diferença. Aqui ja nem se poe em causa a escolha porque esta, tanto pelo preço e pela situação economica que mtos de nos temos, é condicionada.

    2- Bora a zona dos legumes no Super! A couve e a alface tao baratas... E que dizer dos conservantes e químicos que os legumes e as frutas estão sujeitos? Barato ou não: Not healthy!

    Dirigimo-nos a estante dos produtos biológicos, mais uma vez entra o factor monetário.

    Há muito q se lhe diga. É tudo um círculo vicioso .

    Mas a nossa preocupação pela saúde deve ser vital. Como diz a Paula B.:« Utopia é acreditarmos que teremos uma vida longa a consumir fast food». Por isso axo que a palavra chave aqui é : Equilíbrio.

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  6. Eu concordo com a Isa pois, as pessoas são livres de fazerem as suas próprias escolhas e não é por dizermos a alguém que o fastfood faz mal que esse alguém vai deixar de o comer. Uns porque fica mais barato do que se comerem uma refeição saudável. Outros porque a gula fala mais alto.E depois ainda há os que simplesmente não gostam de "ervas" e adoram comida gurdurosa.
    Pessoalmente, sou muito a favor do belo caldo verde =) O meu mal mesmo é adorar o que chamam de comida saudável, isto é, todo o tipo de fruta e vegetais. Comer saudável não é caro, mas variar no saudável já pode ser para alguns, porque embora as laranjas e as maças estejam ao alcance dos nossos bolsos, se quisermos optar por uma manga ou uma papaia bem sabemos que não é para todos. Não partilho a opinião de que o fastfood deveria ser proibido para prolongar a vida, até porque uma vez de vez enquando não faz assim tao mal. Mas concordo que a comida tradicional está a perder-se no meio de tantos franchisings. Pegando na palavra da Grethel, é tudo uma questão de encontrar o equilíbrio.

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  7. Vejam a rúbrica que fizemos para a UAlgTV, sobre culinária! Lá, e com do Chefe Luís da Escola de Hotelaria de Faro, vão apender a cozinhar de uma forma simples, económica e nutritiva. lol
    Ok, publicidade à parte... penso que existe maneira de contornar a fast food, uma boa maneira simplesmente não a comer, como tento fazer. O problema do dinheiro.... hum... pois, aí é cortar notros vicios dispendosos e oferecer ao corpo uma boa alimentação. Porque tal como a Grethel diz, nó somos aquilo que comemos...

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